Prefeitura
Municipal de Gravataí
Secretaria
Municipal de Educação
Escola
Municipal de Ensino Fundamental Alberto Pasqualini
AEE
– ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
SALA
DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
A Escola Municipal de Ensino Fundamental
Alberto Pasqualini pretende proporcionar uma educação inclusiva levando em
consideração os limites e potencialidades do aluno, visando a construção do
conhecimento e da cidadania. No atendimento às finalidades a Escola tem por
fins e objetivos:
I. A
compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da
família e dos demais grupos que compõem a sociedade;
II. O
respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem;
III. O
desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária;
IV. O
preparo do indivíduo para o domínio de recursos tecnológicos que lhe permitam
utilizar possibilidades e vencer as dificuldades do meio;
V. A
preservação e expansão do patrimônio cultural;
VI. A
condenação de qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica,
política ou religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de classe ou raça.
VII.
Propiciar o ensino coletivo, participativo e significativo, baseado em valores
fundamentais do ser humano;
VIII. Ser
um espaço aberto à comunidade escolar para a discussão e atendimento de suas
necessidades;
IX.
Oferecer atividades extracurriculares que venham enriquecer a formação global
do educando;
X.
Propiciar o desenvolvimento do pensamento lógico e a vivência do método
Científico;
XI.
Oportunizar a participação de toda a comunidade escolar na organização,
elaboração e execução de seu Projeto Político Pedagógico;
XII.
Propiciar a apropriação e a recriação do conhecimento, tendo em vista a
formação social e crítica;
XIII.
Construir um currículo abrangente, autônomo e atualizado.
FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL, POLÍTICO E PEDAGÓGICA DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA SALA
DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
O Atendimento Educacional Especializado
fundamenta-se nos marcos legais, políticos e pedagógicos que orientam para a
implementação de sistemas educacionais inclusivos: Decreto nº 6.949/2009, que
ratifica a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência/ONU;
Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
(2008), que estabelece diretrizes gerais da Educação Especial; Decreto nº
6.571/2008, que dispõe sobre o apoio da União e a Política de financiamento do
Atendimento Educacional Especializado – AEE; Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que
institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado –
AEE, na Educação Básica.
De acordo com o disposto nesses documentos:
-O poder público deve assegurar às pessoas com
deficiência o acesso a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis;
- A deficiência é um conceito em evolução,
que resulta da interação entre as pessoas com uma limitação física, intelectual
ou sensorial e as barreiras ambientais e atitudinais que impedem a sua plena e
efetiva participação na sociedade;
- Os sistemas de ensino devem garantir o
acesso ao ensino regular e a oferta do atendimento educacional especializado
aos alunos público alvo da educação especial: alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
- A educação especial é uma modalidade de
ensino transversal aos níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza recursos
e serviços e realiza o atendimento educacional especializado, de forma não
substitutiva à escolarização;
- Considera-se atendimento educacional
especializado o conjunto de atividades e recursos pedagógicos e de
acessibilidade organizados institucionalmente, prestado de forma complementar
ou suplementar à formação dos alunos público alvo da educação especial,
matriculados no ensino regular;
- O atendimento educacional especializado
deve ser ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de
atendimento educacional especializado.
Portanto, a função do AEE é realizar:
a)
A oferta do atendimento educacional especializado
– AEE, de forma não substitutiva à escolarização dos alunos público alvo da
educação especial, no contra turno do ensino regular;
b)
A organização e a disponibilização de recursos e
serviços pedagógicos e de acessibilidade para atendimento às necessidades
educacionais específicas destes alunos;
c)
A interface com as escolas de ensino regular,
promovendo os apoios necessários que favoreçam a participação e aprendizagem
dos alunos nas classes comuns, em igualdade de condições com os demais
alunos.
O atendimento educacional
especializado é realizado prioritariamente na sala de recursos multifuncional
na escola, no turno inverso da escolarização do aluno.
OBJETIVO
DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
O atendimento educacional
especializado – AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos
pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
Esse atendimento complementa e/ou
suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na
escola e fora dela.
O atendimento educacional
especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua
utilização no processo de ensino aprendizagem nas turmas comuns do ensino
regular.
O AEE promove o acesso e as
condições para uma educação de qualidade aos alunos com deficiência, os com
transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.
A
Competência do docente no desenvolvimento do AEE e na interface com os
professores do ensino regular:
-Identificar, elaborar, produzir
e organizar serviços, recursos pedagógicos de acessibilidade e estratégias
considerando as necessidades específicas dos alunos da educação especial, que
eliminem as barreiras para a plena participação dos mesmos;
-Elaborar e executar o plano de
ação do AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade com identificação das necessidades educacionais
específicas de cada aluno;
-Definir os recursos necessários
e atividades a serem desenvolvidas;
-Elaborar cronograma de
atendimento dos alunos;
- Organizar o tipo e o número de
atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncional;
-Articular encontros entre
professores do AEE e os do ensino comum para efetivar apoio quanto a suporte
didático-pedagógico;
-Atuar como rede de apoio no
âmbito ao acesso a recursos, serviços e equipamentos que contribuam para a
realização do AEE;
-Acompanhar a funcionalidade e a
aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula
comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;
-Estabelecer parcerias com as
áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de
recursos de acessibilidade;
-Orientar professores e famílias
sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
-Ensinar e usar recursos de
Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a
comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, o soroban, os
recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e
linguagens, as atividades de orientação e mobilidade entre outros; de forma a
ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e
participação;
- Estabelecer articulação com os
professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos
recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação
dos alunos nas atividades escolares;
-Promover atividades e espaços de
participação da família e a interface com os serviços setoriais da saúde, da
assistência social, entre outros.
Atividades
do Atendimento Educacional Especializado – Sala de Recursos Multifuncional:
- Sistema Braille – utilização de
métodos e estratégias para a aprendizagem desse código de leitura e escrita em
relevo;
- Atividades de vida autônoma –
com ou sem apoio de recursos de tecnologia assistiva, objetivando a promoção da
autonomia e da independência dos alunos no que se refere ao cuidado e à
organização pessoal e à convivência social;
- Recursos para alunos com baixa
visão – estratégias para promoção da acessibilidade quanto ao ensino da
funcionalidade e da usabilidade dos recursos ópticos e não ópticos: lupas
manuais ou eletrônicas que possibilitam a ampliação de imagem, favorecendo a
realização das atividades de leitura e escrita; iluminação, plano inclinado,
contrastes, ampliação de caracteres, recursos de informática, cadernos de pauta
ampliada, caneta de escrita grossa, dentre outros...
- Desenvolvimento de processos
mentais – atividades que ampliem as estruturas cognitivas facilitadoras da
aprendizagem nos mais diversos campos do conhecimento.
- Orientação e mobilidade – O
ensino de técnicas e o desenvolvimento de atividades de orientação e mobilidade
proporcionando o conhecimento dos diferentes espaços e ambientes escolares.
Para estabelecer as referências necessárias para ir e vir com autonomia e
segurança, essas atividades devem considerar os sentidos remanescentes e as
diversas características presentes no contexto escolar.
- Deficiência Física – atividades
com uso de recursos de comunicação alternativa, uso dos recursos de acesso ao
computador: ponteira de cabeça, acionadores, entre outros; uso de atividades
com engrossadores de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas,...
- Língua Brasileira de Sinais
(Libras) – estratégias pedagógicas para a aquisição, pelos alunos com surdez,
das estruturas gramaticais dos diferentes aspectos linguísticos que
caracterizam a Libras. Essa Língua constitui um sistema linguístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria.
- Comunicação Alternativa e
Aumentativa (CAA) – atividades que se destinam à ampliação de habilidades de
comunicação para pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem
entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever.
- Atividades de enriquecimento
curricular – consiste na organização de práticas pedagógicas exploratórias que
objetivam o aprofundamento de seus interesses em uma ou mais áreas do
conhecimento para alunos com altas habilidades/superdotação.
-Soroban – estratégias que
possibilitam ao aluno com deficiência visual o desenvolvimento de habilidades mentais
e do raciocínio lógico matemático. O soroban é um calculador mecânico, manual,
com uma régua de numeração, utilizado para a resolução de cálculos e para o
registro das operações matemáticas, baseado no sistema de numeração decimal.
- Informática acessível – O
ensino da informática acessível consiste no desenvolvimento de atividades
relativas à funcionalidade e à usabilidade da informática como recurso para
viabilizar o acesso à informação e à comunicação, promovendo a autonomia do
usuário.
- Língua Portuguesa na modalidade
escrita - atividades e estratégias para alunos com surdez, voltadas à
observação e à análise da estrutura da linguagem portuguesa, seu sistema
linguístico funcionamento e variações, tanto nos processos de leitura como na
produção de textos.
Considera-se
público-alvo do AEE:
a.
Alunos com deficiência: aqueles que têm
impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
b.
Alunos com transtornos globais do desenvolvimento:
aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou
estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância
(psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
c.
Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles
que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do
conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotora, artes e criatividade.
Fotos da inauguração da sala de recursos
na EMEF: Alberto Pasqualini em 04/06/11.
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