Na tarde desta sexta-feira (26/08/11), a prefeita Rita Sanco assinou a lei nº 3.133/2011, que institui a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência e da Acessibilidade, em cerimônia realizada na praça Borges de Medeiros. A nova legislação, que revoga a lei municipal nº 1264/98, determina que a programação ocorrerá anualmente no período de 21 a 28 de agosto. A assinatura marcou o encerramento da Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, uma iniciativa da Prefeitura de Gravataí, através da Assessoria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (APPPD) e do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiências (COMPPD’S).
De acordo com a prefeita Rita Sanco, a alteração da lei define que o Poder Executivo Municipal estabelecerá normas e poderá contribuir financeiramente com o evento, coordenando e organizando as atividades. “Esta iniciativa visa adequar a legislação à construção feita historicamente pelo movimento da sociedade civil em prol das pessoas com deficiência, buscando avançar nas políticas de inclusão e acessibilidade”, enfatizou.
Conforme estabelece a lei, a Semana Municipal da Pessoa com Deficiência e da Acessibilidade terá por finalidade: Esclarecer a comunidade quanto às causas das deficiências e meios de acessibilidade; Promover a integração das Pessoas com deficiência em todos os níveis sociais; Promover campanhas educativas em escolas, igrejas e centro sociais, visando à prevenção e conscientização quanto à problemática das pessoas com deficiência e a promoção do acesso a todos os espaços sociais; Proceder a um levantamento anual das ações levadas a efeito em prol das pessoas com deficiência em todas as esferas da Administração Municipal.
Para a assessora de Políticas Públicas para a Pessoa com Deficiência (APPPD), Miriam Barbosa, o ato de assinatura culminou a Semana da Pessoa com Deficiência deste ano, pois representou mais uma conquista em prol dos direitos desta parcela da população, trazendo a nomenclatura correta.
A presidente do COMPPD’S, Josefa Lopez, considerou que a programação da Semana atingiu os objetivos, com atividades organizadas conjuntamente pela Administração Municipal e sociedade civil. “Neste ano conseguimos um maior envolvimento e participação de escolas, entidades e público em geral, sensibilizando a comunidade para um tema tão relevante que é a inclusão das pessoas com deficiência”, ressaltou.
Prestigiaram a solenidade a secretária de Trabalho, Cidadania e Assistência Social, Rejane Oliveira, alunos e professores de escolas de educação especial do Município, representantes de entidades que tratam a temática da inclusão, integrantes do governo e comunidade em geral.
domingo, 29 de abril de 2012
MATERIAIS DE TECNOLOGIA ACESSÍVEL
Plano Inclinado é um tipo de
suporte para livros, que auxilia principalmente crianças com baixa visão e
crianças com dificuldades de controle cervical.
O Plano
inclinado pode ser numa carteira adaptada, com a mesa inclinada para que o
aluno possa realizar as atividades com conforto visual e estabilidade da coluna
vertebral.
O Plano Inclinado em madeira:
Confeccionado em madeira tratada, antiderrapante na base, forrado com placa
imantada. Acompanha garra para fixação de papéis. Possui regulador de ângulo
multiposicional.
Também pode ser confeccionado de papelão.
É um material leve, ecológico e proporciona um bom acabamento (de qualidade,
conforto, variedade de cores, para contextualização do universo da criança), o
que torna seu manuseio mais prático, permite maior facilidade de deslocamento e
adequação em diferentes ambientes; uma vez que no mercado esses materiais são
produzidos em madeira.
Encontra-se este produto nos
sites:
www.lectorbrasil.com.br – Acessórios para leitura por R$ 32,00 a 99,00.
www.mercadolivre.com.br – por R$ 80.
Lupas de vidro
Lupas
manuais ou lupas de mesa e de apoio: úteis para ampliar o tamanho de fontes
para a leitura, as dimensões de mapas, gráficos, diagramas, figuras etc. Quanto
maior a ampliação do tamanho, menor o campo de visão com diminuição da
velocidade de leitura e maior fadiga visual.
Encontra-se este produto nos
sites:
Lupas eletrônica
Esta lupa eletrônica destina-se
ao público com baixa visão e tem por objetivo ampliar textos e imagens.
Apresenta diversas funções para melhor se adequar às necessidades de cada
leitor, em decorrência da patologia visual, facilitando, dessa maneira, o
processo de escolarização dos alunos que se encontram nessa condição.
Seu uso é bastante simples,
assemelhando-se a um mouse comum de computador. A lupa deve ser colocada sobre
o objeto a ser ampliado, movimentando-a de acordo com a disposição do que se
deseja ampliar.
Possui a função contraste, que
permite ao usuário a opção de ler textos na formatação original ou em cores
contrastantes (por exemplo, ao lermos uma página em que as letras são escuras e
o fundo claro, o leitor pode utilizar a função contraste; dessa forma, as
letras passarão a ser claras e o fundo escuro). No caso de imagens coloridas, é
possível apenas ampliá-las ou, se desejar, visualizá-las em preto e branco. O
leitor pode, ainda, escolher o tamanho da ampliação, aumentando ou reduzindo a
imagem. Essas variáveis dependem da necessidade de cada aluno e podem
proporcionar ao mesmo um melhor desempenho nas atividades.
O Equipamento constituído por uma
microcâmera aliada a um circuito eletrônico que amplia textos e imagens em
computador, possui iluminação própria; Também possui modos de visualização
colorido, preto e branco e alto contraste preto e branco com alternância.
Encontra-se este produto nos
sites:
www.mercadolivre.com.br – por R$ 99,00 a 2.500,00.
A Mascara de teclado (Colméia) é
uma placa de plástico ou acrílico com perfurações
correspondentes a cada tecla do teclado, que quando fixada a uma certa
distância acima deste, tem por finalidade evitar que a pessoa que apresenta
movimentos involuntários pressione teclas indesejadas .
Alunos com dificuldades de coordenação motora
associada à deficiência mental também podem utilizar a máscara de teclado
quando o professor utiliza-se de "tampões".
Um dos recursos mais simples e eficientes como
adaptação de hardware é a máscara de
teclado (ou colméia).
Outras adaptações simples que
podem ser utilizadas, dizem respeito ao próprio posicionamento do hardware.
Encontra-se este produto nos
sites:
CPTA-
Centro Paulista de Tecnologia Assistiva
MEMORIAL
Lúcia Maria Melo Linkievicz
"O que eu sou é o que me faz viver".
Skakespeare, Henrique VIII
Skakespeare, Henrique VIII
Não existe presente
sem passado. E através desta afirmação, não só o meu passado emerge,
misturando-se com as percepções sobre o presente, como também desloca um
conjunto de impressões construídas pela interação do meu presente com o passado
que passam a ocupar todo o espaço da minha consciência.
O que quero dizer com
isso, é que, não posso falar sobre meu presente, sem falar um pouco sobre meu
passado. Um passado não muito distante.
Minha atuação como
professora iniciou há 21 anos atrás, em
dezembro de 1990, formava-me no magistério. Tinha acabado de concluir os
seis meses mais logos de estágio da minha vida, com uma turminha de primeira
série.
Nesta época, já
pensava em inovar. Tinha muitas ideias de como dar uma aula lúdica e prazerosa,
sem muitas folhinhas mimeografadas e cópia de quadro verde. Gostava de
incentivar os alunos com muitos recursos audiovisuais (cartazes, alfabeto
ilustrado com desenhos, confecção de materiais concretos,...) a minha sala de
aula parecia uma casa de bonecas, cheia de cartazes, objetos e brinquedos para
manusearem. Não é atoa, que de 17 crianças matriculadas na minha turma,
passaram com nota mais alta no teste de leitura, 16 crianças. Pena que não
registrei as minhas experiências como professora primária, através de
fotografias. Este recurso, na época era muito inacessível, nem todas as pessoas
possuíam uma máquina fotográfica. E eu era uma delas. Tenho certeza que até as
crianças teriam gostado do registro.
Em janeiro de 1991,
passei no vestibular da PUC em Pedagogia Pré-Escolar. Pois me identificava mais
atuando com a Educação Infantil, e visualizava esta área de atuação como uma
porta mais fácil de entrada no mercado de trabalho.
Filha de um casal de
classe média baixa, não poderia me dar o luxo de estudar na PUC, pois meus pais
não tinham condições financeiras de sustentar dois filhos na mesma faculdade.
Meu irmão mais velho, também havia passado no vestibular no mesmo ano, em
Engenharia Elétrica.
Então surgiu a minha
necessidade de procurar um emprego na qual com este pudesse sustentar a minha
formação acadêmica. Foi aí que decidi começar a procurar nos classificados dos
jornais de domingo, algo que se encaixasse na minha pouca experiência.
Passaram-se 8 meses
sem conseguir nem sequer um estágio. Mas no final de novembro de 1991, surgiu
um edital no jornal da Zero Hora, de Concurso para o Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, para o cargo de Instrutora de Creche, que exigia ter magistério e
ou estar cursando Pedagogia e realizar as etapas avaliativas (prova escrita,
entrevista individual, entrevista em grupo e psicotécnico). Fui correndo me
inscrever!
Realizei todas as
etapas seletivas e consegui passar como segunda classificada. Mas por questões
políticas e momento de eleições, não pude ser nomeada neste mesmo ano. Tive que
trancar a matrícula na PUC, pois não tínhamos condições de poder continuar
pagando o curso.
Em meados de abril de
1992, fui nomeada, porém uma das condições para assumir era estar cursando a
Pedagogia. Neste momento não pensei duas vezes fui correndo procurar como fazer
na Universidade, o meu retorno acadêmico, mas na época a PUC não tinha
Pedagogia no turno da noite, e necessitava realizar o curso neste turno, pois
não tinha condições de trabalhar 44 horas semanais e estudar, não dava tempo,
os horários não conciliavam. Foi aí que decidi me transferir para o curso de
Pedagogia Orientação Educacional da FAPA à noite.
Trabalhei no HCPA
durante três anos, como Instrutora de Creche (Professora titular) no Berçário
II e Maternal II. Foi um grande aprendizado, tanto pessoal como profissional.
Aprendi muito como lidar com situações de relações interpessoais numa
Instituição pública e também aprendi muito na área da educação infantil,
observando as etapas do desenvolvimento na primeira infância, na verdade foi um
grande laboratório de aprendizagem teórico-prático. Sem falar com o contato que
tive com alguns professores da UFRGS: Ana Cristina Rangel, Jussara Hoffmann, na
qual, também me ensinaram muito quanto à atuação em sala de aula na Educação
Infantil.
Lembro-me como se
fosse hoje, o primeiro dia em que a professora Jussara Hoffmann entrou na minha
sala para observar uma de suas estagiárias do curso de Pedagogia da UFGRS.
Entre suas observações e orientações a estagiária, fiquei encantada de ver toda
sua sabedoria. Enchi-me de coragem e fui conversar com ela, pedindo algumas
orientações para atuar com os meus pequeninos (alunos de 1 ano e 2 meses à 2
anos e 3 meses – Berçário II), pois eu já estava cansada das mesmas atividades
que eu mesma propunha aos meus aluninhos: cantar, pular, dançar, desenhar,
assistir histórias infantis em vídeo, escutar músicas,.... A professora Jussara
abriu um sorriso tão bonito, e começou a desfiar um rosário de sugestões para a
minha prática pedagógica. Foi maravilhoso! Aprendi a fazer brincadeiras,
construir materiais, utilizar objetos para estimular a aprendizagem, coisas que
nunca havia imaginado fazer com os meus aluninhos (álbum de fotografias da
família, painel do crescimento, audição de histórias e músicas infantis,
audição de músicas gravadas com a própria voz das crianças, audição de sons de
animais, álbum de animais, álbum coisas, álbum de histórias seriadas,
atividades com revistas, recorte e colagem de gravuras, painel dos melhores
momentos da turma, mural de recados das mães,...).
Em 1996, iniciei o
ano trabalhando no Colégio Farroupilha, numa função totalmente diferenciada da
qual eu estava acostumada, pois necessitava diminuir a minha carga horária,
devido à condição de mãe. Não podia mais continuar com 44 horas de trabalho
semanais, 4 horas de faculdade diárias e sem tempo para cuidar do próprio
filho. Então resolvi fazer algumas escolhas, um tanto difíceis: abandonar o
cargo HCPA e me dedicar à nova função: Secretaria na Educação Infantil no
Colégio Farroupilha, com atividades na área administrativa (digitação de
pareceres, digitação de bilhetes, confecção de cartazes,... enfim atividades que
davam suporte para as professoras da educação infantil). Estas atividades só
exigiam de mim 20 horas semanais, assim não precisava ter compromisso com
planejamento, como no HCPA, no entanto fiquei mais livre para estudar e poder
concluir a faculdade e também ter mais tempo disponível para curtir o meu
primogênito.
Foi um grande desafio
trabalhar como secretaria, pois eu não sabia nada sobre informática, nem tinha
computador em casa. E uma das exigências para o cargo era que soubesse digitar,
trabalhar com editor de texto (word) e Excel. Primeiro aceitei o emprego, e
informei à escola que eu não sabia muito sobre informática, mas que tinha muita
vontade de aprender e me aperfeiçoar. O máximo que eu sabia era digitar em
máquina de escrever, pois havia feito um curso de datilografia em 1989. As
coordenadoras da Educação Infantil foram muito legais comigo, acho que gostaram
de mim e da minha sinceridade. Deram-me a oportunidade de trabalhar juntamente
com elas, e me disseram que era muito fácil: “Quem sabe digitar com máquina de
escrever, sabe mexer num computador, vais aprender rapidinho!”
Na primeira semana,
dei muitas “ratiadas”, foi bem difícil, tinha que inserir disquete (discos de
papel) para salvar o documento, às vezes eu esquecia onde tinha salvado, às
vezes não salvava no lugar certo,... no final, deu tudo certo, fiquei sabida!
Também foi um grande aprendizado! Mas uma coisa ninguém ficou sabendo na escola.
Agora vou contar pra vocês o meu segredo. O meu irmão casula era muito esperto
e já mexia com essas coisas de informática. Como tema de casa, ele me dava
algumas aulinhas de como fazer algumas coisas nesta área, pois os computadores,
os programas, os softwares foram evoluindo enquanto eu estava trabalhando nesta
função de secretaria e eu precisava me adequar à evolução destas tecnologias.
Em dezembro de 1987,
me formei em Pedagogia Orientação Educacional, a minha monografia foi digitada
por mim mesma. Pois já havia adquirido um computador. Foi muito interessante
realizar a digitação deste trabalho de conclusão nas normas da ABNT com minhas
próprias mãos. Foi como gerar mais um filho e vê-lo nascer.
Em falar em gerar e
nascer deu a coincidência de enquanto eu estava concluindo o curso de Pedagogia,
ou melhor, dizendo a monografia, descobri que estava gravida.
No dia dos pais, em
agosto de 1998, nasceu minha filhinha. Mas como uma boa mãe e cheia de vida e
vontade de se apropriar mais dos conhecimentos na área da Educação, fui cursar
o Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional na FAPA.
Este curso abriu meus
horizontes, percebi que eu poderia e queria fazer e saber mais sobre a
aprendizagem dos sujeitos.
Em 2001, novamente
teve duas coincidências: conclusão do curso de Pós-Graduação e a minha demissão
no Colégio Farroupilha. Conclui que foi uma caminhada de grande crescimento
pessoal e de conhecimento científico. Naquele momento tinha crescido como
pessoa, esposa, dona de um lar e mãe. Crescimento científico, por ter me dado o
momento de cursar e concluir dois cursos, um atrás do outro, embora me
abdicando da experiência da docência e permanecer na área administrativa que de
certa forma me deixava afastada da sala de aula, porém próxima do
desenvolvimento e evolução tecnológica.
Neste mesmo ano não
pude ficar parada, pois a vida continua!
Abri um consultório
de Psicopedagogia Clínica, e fui a luta!
Como tinha um pouco
de conhecimento em informática e para economizar, eu mesma fiz meus panfletos e
cartões de visita para a divulgação do consultório. Ficaram muito legais!!!
Claro que novamente
tive um pouquinho de ajuda do meu irmão casula para fazer a arte final (apresentação,
alinhamento, imagem,...).
Tudo deu muito certo,
tive um bom retorno das escolas, nas quais divulguei meu trabalho.
Entre o consultório e
assessoria em uma escola particular na zona Leste de Porto Alegre, atuei como
Psicopedagoga Clínica e Institucional de 2001 à 2007.
Em 2006, fui
convidada para atuar na SMECD do Balneário Pinhal com contrato temporário como
Psicopedagoga Clínica, 30 horas semanais, isso me resultava em permanecer no
Balneário Pinhal, durante 3 dias.
Novamente aceitei
mais este desafio, permanecer na estrada entre Porto Alegre e Balneário Pinhal,
visualizando muitos outdoors. Então de segunda a quarta-feira trabalhava no
Balneário Pinhal, de quinta a sexta-feira me dividia entre consultório e escola
particular: Divino Espirito Santo. Para dar conta de alguns pacientes no
consultório subaluguei o espaço para uma colega e repassei alguns pacientes,
outros cedi para estagiárias de Psicopedagogia, na qual firmei um contrato com
a FAPA, de sediar o consultório para a realização de estágio local
supervisionado. Esta experiência também foi muito rica e de grande valia!
Mas como tudo e nem
tudo pode ser feito ao mesmo tempo, ou seja, “assobiar e chupar cana ao mesmo
tempo”. Estas proezas tiveram que desacelerar. Em 2007, prestei concurso no
Balneário Pinhal para o cargo de Psicopedagoga Clínica e Institucional.
Novamente passei em segundo lugar. Embora ser uma vaga, fui nomeada em setembro
desse mesmo ano. Agora eram duas Psicopedagogas dividindo o trabalho na SMECD,
mas foi muito bom, tinha muita criança na lista de espera para serem atendidas,
assim pudemos suprir as necessidades do município. Esta minha nova condição de
trabalho, novamente me fez tomar algumas decisões, agora na área profissional.
Tive que fechar o consultório e me desligar da escola Espírito Santo para me
dedicar somente a SMEC do Balneário Pinhal, pois agora a carga horária como
concursada passara para 40 horas semanais. Era inviável estar em dois
municípios ao mesmo tempo. E por motivo de estabilidade financeira optei por
ficar com o que me dava segurança financeira mensalmente.
Por outro lado, tive
que optar por ficar longe de minha família de segunda a sexta-feira. Pois para
não gastar tanto em combustível, resolvemos que durante estes cinco dias da
semana, eu ficaria na casa de praia, que passou a ser durante cinco anos casa
de moradia.
Foram cinco anos de
muitas conquistas, ousadia, conhecimento, amadurecimento e crescimento pessoal
e profissional. Nesta função de Psicopedagoga coloquei em prática todos os
conhecimentos que adquiri ao longo da minha vida profissional e acadêmica.
No início o trabalho de Psicopedagoga Clínica era realizado
na SMECD com uma equipe multidisciplinar, tinha o objetivo de investigar,
identificar os desvios e os obstáculos que impediam o sujeito de seguir com sua
aprendizagem plenamente e promover intervenções e vivências que desencadeassem
o desenvolvimento da capacidade de observar, estabelecer relações, classificar,
interpretar, julgar, generalizar, criar e descobrir o quanto podem ser capazes
de pensar e aprender. Enfim, o verdadeiro objetivo era de ser o mediador para
que o sujeito com entraves alcançasse o nível de ser um indivíduo com
amor-próprio, autoconfiante e com desejo de aprender. E compreendia-se em três
partes: Anamnese (história da vida pregressa) com pais ou responsáveis,
avaliação e intervenção.
Para que o trabalho psicopedagógico dê certo e a
intervenção seja eficaz, é necessário que sejamos verdadeiros pesquisadores do processo
do desenvolvimento cognitivo, afetivo e psicomotor do sujeito. E para chegarmos
ao processo da intervenção, se faz necessário planejarmos estratégias, jogos,
atividades e recursos condizentes com as necessidades de cada indivíduo. Pois
cada sujeito é um ser único e com necessidades e particularidades
diferenciadas. Sendo assim, a modalidade de aprendizagem de cada indivíduo
difere de um para o outro. E o planejamento é realizado individualmente, ou
seja, cada sujeito tem o seu próprio processo de intervenção planejado de acordo
com suas habilidades e competências.
O trabalho Psicopedagógico Institucional nas
escolas era voltado para o principal foco que era a dificuldade de aprendizagem,
a defasagem idade e série e repetência. A maior ênfase era promover meios para
a recuperação dos alunos de menor rendimento, assim como a superação de suas
dificuldades de aprendizagem, junto aos professores, supervisores e
orientadores assessorando-os.
No final do ano de 2009, a equipe multidisciplinar
passou a ter caráter de CAEE – Centro de Atendimento Educacional Especializado.
A minha função como Psicopedagoga não mudou em nada, pelo contrário, só
aumentou as minhas atribuições. Além de fazer a parte Clínica e Institucional
passei a fazer parte da Coordenação da Educação Inclusiva, ou seja, assessorar
a inclusão nas escolas do município. Realizando formações, reuniões, apoio
pedagógico para professores de Sala de recursos, professores com alunos
incluídos, pais de alunos com necessidades especiais e monitores de sala de
aula. Durante estes encontros tentava promover momentos de trocas de ideias,
informações, confecção de tecnologias assistivas (materiais de tecnologia
acessível), momentos em que utilizávamos o vídeo como recurso para levar a
informação e a imagem de possibilidades no modo de incluir.
Para haver a comunicação com os pais, professores,
escola e interessados no assunto, a divulgação era feita através de convites,
cartazes, panfletos, email, msn, blog, site, jornal, rádio,...
Nos momentos das formações, utilizamos muito
Datashow, Powerpoint, computador, vídeo, painel, livros didáticos e
bibliográficos, CD, DVD, máquina fotográfica para o registro dos eventos,...
Embora este trabalho me envolver com vários
sentimentos: alegria, satisfação, comprometimento, responsabilidade, prazer,
orgulho, amor, paixão, carinho,... também carregava comigo a saudade, tristeza
e a culpa de estar longe de minha família. Que afinal de contas era e é o
motivo pelo qual eu vivo.
Na virada do ano de 2009 para 2010 resolvi colocar
uma meta na minha vida: realizar concurso em Porto Alegre ou na Região
Metropolitana, para poder ficar mais próxima da família. Novamente grandes
mudanças aconteceram! O rumo de minha história foi um pouco diferente do que
planejei. Mas como uma boa professora, deixei-me levar pela flexibilidade do
destino. Pois voltei para Porto Alegre, mas não definitivamente, mas para
curar-me de um câncer de Mama. E graças a Deus e os avanços da tecnologia,
fiquei curada e no final do mês de agosto de 2010, retornei a trabalhar no
Balneário Pinhal.
Como ainda, continuava com o pensamento positivo e
através da divulgação da comunicação nas mídias, realizei o concurso para o
Cargo de Orientadora Educacional em Gravataí. Consegui ficar com uma boa
classificação e fui nomeada em março de 2011.
Atualmente trabalho 20 horas em uma escola como
Orientadora Educacional e 20 horas como Professora de Sala de Recursos
Multifuncional.
Como Orientadora Educacional utilizo vários
recursos de tecnologias e mídias na minha pratica diária. Desde livros de
literatura infantil e juvenil convencional (impresso) a livros digitalizados e
online. Flip-art, vídeo, Datashow, som, música, pesquisas internet, fotos,
máquina fotográfica, computador,...
Como Professora de Sala de Recursos também utilizo
todos os recursos que utilizo como Orientadora Educacional, mas me pré
determino a utilizar mais recursos ligados a tecnologia assistiva, para poder
dar um maior suporte na acessibilidade dos alunos com Necessidades Especiais.
Utilizo desde programas de software (jogos), sites ligados a atividades de
tecnologia assistiva (tables e pranchas de comunicação) lupa eletrônica
(mouse), colmeia, livros e jogos em braile, libras,... computador com lente de
aumento, viva voz, programa de reprodução de voz, TV e vídeo, rádio, som,
teclado de música, gravador,...
E além de realizar este curso de Integração de Mídias na Educação
- Projeto e Produção
de material didático, também realizo na UFRGS o curso de Especialização em
Educação Especial e Processos Inclusivos, para poder aprimorar meus
conhecimentos e busco um suporte teórico/prático para a minha atuação com
portadores de Necessidades Especiais.
Tenho
colegas de trabalho e profissão, que quando falo que estou cursando duas
especializações, dizem que devo estar ficando louca e para que eu quero estudar
mais? O que eu vou ganhar com isso?
E
respondo: conhecimento, aprimoramento, sabedoria e ninguém e nenhum dinheiro
paga isso. Dou valor a tudo que sei e faço para os meus alunos, graças ao meu
empenho em querer sempre saber um pouco mais. Pois aprender nunca é demais!
Este
curso de especialização em Integração de Mídias na Educação abriu alguns horizontes
para mim. Pois quando fiz a graduação de pedagogia e até mesmo no magistério
tive a disciplina de metodologia aplicada, onde verificávamos os melhores
recursos, materiais audiovisuais a serem utilizados. Naquela época já me
interessava muito por esta disciplina, suas intervenções e orientações quanto
ao cuidado que tínhamos que ter na hora do planejamento e aplicação do mesmo.
No momento, este curso está fazendo me relembrar de muitas coisas que às vezes
cai no esquecimento, mas são importantes para que haja um bom andamento e
sucesso no planejamento diário das nossas aulas.
Penso
que, se a maioria dos professores fossem mais preocupados com a integração de
recursos audiovisuais e outros recursos tecnológicos no seu planejamento diário
facilitaria muito mais a aprendizagem dos alunos. Pois o grande índice de
repetência e evasão escolar se dá no ensino fundamental, período este, em que a
idade/ série dos alunos encontram-se no estágio do desenvolvimento, segundo
Piaget, pré-operatório e operatório concreto, onde as habilidades de
aprendizagem dos mesmos se baseiam na necessidade da utilização de materiais
concretos. Assim necessitam tanto do toque como a visualização do objeto em
estudo para depois o pensamento se apropriar do abstrato, ou seja, se formos
pensar numa sequencia lógica seria assim: primeiro toca, manuseia, visualiza e
depois produz ou reproduz.
Outro
fator que facilita e instiga a aprendizagem é a forma como o professor
incentiva o momento da aprendizagem, como oferece o objeto de estudo
(conhecimento) para seu aluno. Para o aluno desejar aprender, o professor tem
que passar a informação (inconscientemente) com a mesma intensidade de desejo a
ser aprendido, ou seja, para o aluno dar significado à aprendizagem o professor
tem que transmitir desejo pelo significante/significado ou vice e versa. E não
simplesmente dar aula por dar.
Às vezes me faço esta pergunta e procuro respostas:
“Se as tecnologias mudam, aperfeiçoam-se e atualizam-se com o passar dos anos,
meses,... Por que a maioria dos professores não tem este desejo de acompanhar
tais mudanças, aperfeiçoando, atualizando???”
Para finalizar, deixo registrado uma parte do
estudo deste semestre que fala sobre tecnologias e valores humanos, que me
chamou muito atenção e tem me deixado bastante pensativa e acredito que o ideal
seria que nós educadores pudéssemos ser um pouco de cada um: tecnológicos e
humanistas.
“Precisamos de pensadores humanistas, que
experimentem formas de articular a interação virtual com a presencial, que nos
ajudem a encontrar os caminhos para equilibrar quantidade e qualidade nos
diversos tipos de situações em que nos encontramos hoje. Precisamos que eles
nos mostrem como criar novas formas de interação, como incentivar a pesquisa
individual e em grupo, a avaliação ao longo do curso, o estabelecimento de
vínculos, a discussão de valores importantes para a sociedade.
Precisamos dos educadores tecnológicos para que nos
tragam as melhores soluções para cada situação de aprendizagem, que facilitem a
comunicação com os alunos, que orientem a confecção dos materiais adequados
para cada curso, que humanizem as tecnologias e as mostrem como meios e não
como fins.
É importante humanizar as tecnologias que são meios
valiosos, caminhos para facilitar o processo de aprendizagem. É relevante
também compreender que o uso das tecnologias revela concepções, valores e
viabiliza a comunicação afetiva, na flexibilização de espaço e tempo de ensino
e de aprendizagem” (Etapa1 – Gestão de Tecnologias e Valores Humanos –
Módulo: Gestão Integrada de Mídias na Educação).
Prefeitura
Municipal de Gravataí
Secretaria
Municipal de Educação
Escola
Municipal de Ensino Fundamental Alberto Pasqualini
AEE
– ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
SALA
DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
A Escola Municipal de Ensino Fundamental
Alberto Pasqualini pretende proporcionar uma educação inclusiva levando em
consideração os limites e potencialidades do aluno, visando a construção do
conhecimento e da cidadania. No atendimento às finalidades a Escola tem por
fins e objetivos:
I. A
compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da
família e dos demais grupos que compõem a sociedade;
II. O
respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem;
III. O
desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária;
IV. O
preparo do indivíduo para o domínio de recursos tecnológicos que lhe permitam
utilizar possibilidades e vencer as dificuldades do meio;
V. A
preservação e expansão do patrimônio cultural;
VI. A
condenação de qualquer tratamento desigual por motivo de convicção filosófica,
política ou religiosa, bem como a quaisquer preconceitos de classe ou raça.
VII.
Propiciar o ensino coletivo, participativo e significativo, baseado em valores
fundamentais do ser humano;
VIII. Ser
um espaço aberto à comunidade escolar para a discussão e atendimento de suas
necessidades;
IX.
Oferecer atividades extracurriculares que venham enriquecer a formação global
do educando;
X.
Propiciar o desenvolvimento do pensamento lógico e a vivência do método
Científico;
XI.
Oportunizar a participação de toda a comunidade escolar na organização,
elaboração e execução de seu Projeto Político Pedagógico;
XII.
Propiciar a apropriação e a recriação do conhecimento, tendo em vista a
formação social e crítica;
XIII.
Construir um currículo abrangente, autônomo e atualizado.
FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL, POLÍTICO E PEDAGÓGICA DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA SALA
DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
O Atendimento Educacional Especializado
fundamenta-se nos marcos legais, políticos e pedagógicos que orientam para a
implementação de sistemas educacionais inclusivos: Decreto nº 6.949/2009, que
ratifica a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência/ONU;
Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
(2008), que estabelece diretrizes gerais da Educação Especial; Decreto nº
6.571/2008, que dispõe sobre o apoio da União e a Política de financiamento do
Atendimento Educacional Especializado – AEE; Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que
institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado –
AEE, na Educação Básica.
De acordo com o disposto nesses documentos:
-O poder público deve assegurar às pessoas com
deficiência o acesso a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis;
- A deficiência é um conceito em evolução,
que resulta da interação entre as pessoas com uma limitação física, intelectual
ou sensorial e as barreiras ambientais e atitudinais que impedem a sua plena e
efetiva participação na sociedade;
- Os sistemas de ensino devem garantir o
acesso ao ensino regular e a oferta do atendimento educacional especializado
aos alunos público alvo da educação especial: alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação;
- A educação especial é uma modalidade de
ensino transversal aos níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza recursos
e serviços e realiza o atendimento educacional especializado, de forma não
substitutiva à escolarização;
- Considera-se atendimento educacional
especializado o conjunto de atividades e recursos pedagógicos e de
acessibilidade organizados institucionalmente, prestado de forma complementar
ou suplementar à formação dos alunos público alvo da educação especial,
matriculados no ensino regular;
- O atendimento educacional especializado
deve ser ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de
atendimento educacional especializado.
Portanto, a função do AEE é realizar:
a)
A oferta do atendimento educacional especializado
– AEE, de forma não substitutiva à escolarização dos alunos público alvo da
educação especial, no contra turno do ensino regular;
b)
A organização e a disponibilização de recursos e
serviços pedagógicos e de acessibilidade para atendimento às necessidades
educacionais específicas destes alunos;
c)
A interface com as escolas de ensino regular,
promovendo os apoios necessários que favoreçam a participação e aprendizagem
dos alunos nas classes comuns, em igualdade de condições com os demais
alunos.
O atendimento educacional
especializado é realizado prioritariamente na sala de recursos multifuncional
na escola, no turno inverso da escolarização do aluno.
OBJETIVO
DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
O atendimento educacional
especializado – AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos
pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
Esse atendimento complementa e/ou
suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na
escola e fora dela.
O atendimento educacional
especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua
utilização no processo de ensino aprendizagem nas turmas comuns do ensino
regular.
O AEE promove o acesso e as
condições para uma educação de qualidade aos alunos com deficiência, os com
transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação.
A
Competência do docente no desenvolvimento do AEE e na interface com os
professores do ensino regular:
-Identificar, elaborar, produzir
e organizar serviços, recursos pedagógicos de acessibilidade e estratégias
considerando as necessidades específicas dos alunos da educação especial, que
eliminem as barreiras para a plena participação dos mesmos;
-Elaborar e executar o plano de
ação do AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade com identificação das necessidades educacionais
específicas de cada aluno;
-Definir os recursos necessários
e atividades a serem desenvolvidas;
-Elaborar cronograma de
atendimento dos alunos;
- Organizar o tipo e o número de
atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncional;
-Articular encontros entre
professores do AEE e os do ensino comum para efetivar apoio quanto a suporte
didático-pedagógico;
-Atuar como rede de apoio no
âmbito ao acesso a recursos, serviços e equipamentos que contribuam para a
realização do AEE;
-Acompanhar a funcionalidade e a
aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula
comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;
-Estabelecer parcerias com as
áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de
recursos de acessibilidade;
-Orientar professores e famílias
sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
-Ensinar e usar recursos de
Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a
comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, o soroban, os
recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e
linguagens, as atividades de orientação e mobilidade entre outros; de forma a
ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e
participação;
- Estabelecer articulação com os
professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos
recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação
dos alunos nas atividades escolares;
-Promover atividades e espaços de
participação da família e a interface com os serviços setoriais da saúde, da
assistência social, entre outros.
Atividades
do Atendimento Educacional Especializado – Sala de Recursos Multifuncional:
- Sistema Braille – utilização de
métodos e estratégias para a aprendizagem desse código de leitura e escrita em
relevo;
- Atividades de vida autônoma –
com ou sem apoio de recursos de tecnologia assistiva, objetivando a promoção da
autonomia e da independência dos alunos no que se refere ao cuidado e à
organização pessoal e à convivência social;
- Recursos para alunos com baixa
visão – estratégias para promoção da acessibilidade quanto ao ensino da
funcionalidade e da usabilidade dos recursos ópticos e não ópticos: lupas
manuais ou eletrônicas que possibilitam a ampliação de imagem, favorecendo a
realização das atividades de leitura e escrita; iluminação, plano inclinado,
contrastes, ampliação de caracteres, recursos de informática, cadernos de pauta
ampliada, caneta de escrita grossa, dentre outros...
- Desenvolvimento de processos
mentais – atividades que ampliem as estruturas cognitivas facilitadoras da
aprendizagem nos mais diversos campos do conhecimento.
- Orientação e mobilidade – O
ensino de técnicas e o desenvolvimento de atividades de orientação e mobilidade
proporcionando o conhecimento dos diferentes espaços e ambientes escolares.
Para estabelecer as referências necessárias para ir e vir com autonomia e
segurança, essas atividades devem considerar os sentidos remanescentes e as
diversas características presentes no contexto escolar.
- Deficiência Física – atividades
com uso de recursos de comunicação alternativa, uso dos recursos de acesso ao
computador: ponteira de cabeça, acionadores, entre outros; uso de atividades
com engrossadores de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas,...
- Língua Brasileira de Sinais
(Libras) – estratégias pedagógicas para a aquisição, pelos alunos com surdez,
das estruturas gramaticais dos diferentes aspectos linguísticos que
caracterizam a Libras. Essa Língua constitui um sistema linguístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria.
- Comunicação Alternativa e
Aumentativa (CAA) – atividades que se destinam à ampliação de habilidades de
comunicação para pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem
entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever.
- Atividades de enriquecimento
curricular – consiste na organização de práticas pedagógicas exploratórias que
objetivam o aprofundamento de seus interesses em uma ou mais áreas do
conhecimento para alunos com altas habilidades/superdotação.
-Soroban – estratégias que
possibilitam ao aluno com deficiência visual o desenvolvimento de habilidades mentais
e do raciocínio lógico matemático. O soroban é um calculador mecânico, manual,
com uma régua de numeração, utilizado para a resolução de cálculos e para o
registro das operações matemáticas, baseado no sistema de numeração decimal.
- Informática acessível – O
ensino da informática acessível consiste no desenvolvimento de atividades
relativas à funcionalidade e à usabilidade da informática como recurso para
viabilizar o acesso à informação e à comunicação, promovendo a autonomia do
usuário.
- Língua Portuguesa na modalidade
escrita - atividades e estratégias para alunos com surdez, voltadas à
observação e à análise da estrutura da linguagem portuguesa, seu sistema
linguístico funcionamento e variações, tanto nos processos de leitura como na
produção de textos.
Considera-se
público-alvo do AEE:
a.
Alunos com deficiência: aqueles que têm
impedimentos de longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
b.
Alunos com transtornos globais do desenvolvimento:
aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou
estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico,
síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância
(psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação.
c.
Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles
que apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do
conhecimento humano, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotora, artes e criatividade.
Fotos da inauguração da sala de recursos
na EMEF: Alberto Pasqualini em 04/06/11.
ENSINAR
EXIGE PESQUISA
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino.
Esses quefazeres se encontram um no corpo do outro.
Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando.
Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me
indago.
Pesquiso para constatar, constatando, intervenho,
intervindo, educo e me educo.
Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar a
novidade.
Pensar certo, em termos críticos, é uma exigência que os
momentos
do ciclo gnosiológico vão pondo à curiosidade que, tornando-se
mais e mais metodicamente rigorosa, transita da ingenuidade para o que venho
chamando “curiosidade epistemológica”.
A curiosidade ingênua, de que resulta indiscutivelmente
é o que caracteriza o senso comum, o saber de pura experiência
feito.
Pensar certo, do ponto de vista do professor, tanto implica o
respeito ao senso comum no processo de sua necessária superação quanto o
respeito e o estímulo à capacidade criadora do educando.
Implica o compromisso do educador com a consciência crítica do
educando cuja “promoção” da ingenuidade não se faz automaticamente.
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